Ainda na infância, a realização do teste do olhinho é capaz de diagnosticar diversas doenças oculares que poderão apresentar os primeiros sintomas possivelmente só na fase adulta. O problema é que este exame, geralmente, não tem a devida atenção como o teste do pezinho, que também é realizado já quando o bebê nasce. A identificação dos problemas de visão na infância facilita tratamento adequado.
Muitas pessoas se esquecem que a saúde dos olhos é tão importante quanto a do restante do corpo e negligenciam os cuidados com a visão na infância. Este período é ideal para detecção precoce de enfermidades que podem causar até a cegueira. Entenda quais são as principais doenças que acometem os pequenos, sua prevenção e tratamentos.
Quais são os principais problemas de visão na infância?
1. Hipermetropia
A hipermetropia é um dos problemas oculares mais comuns entre os brasileiros e principalmente dos recém-nascidos. É um distúrbio em que a criança enxerga os objetos próximos com aspecto borrado e, ao forçar a vista, tem dores de cabeça, nos olhos, piscam com mais frequência e tem excesso de lacrimejamento.
Na criança que já nasce alta hipermetrope, a imagem se forma ligeiramente atrás da retina e não na sua parte central, como deveria ser, provocando a dificuldade de ela enxergar de perto. Na idade escolar, o pré-diagnóstico pode ser feito pelos pais ao notarem que o filho se esforça para fazer as tarefas ou para escrever de forma legível.
2. Miopia
O problema da miopia é justamente o contrário da hipermetropia, porque a criança não consegue enxergar bem de longe. O globo ocular, neste caso, é alongado, provocando a formação da imagem antes da retina. Um sinal é quando o pequeno troca certas letras do alfabeto como H pelo M ou o P pelo F.
Tanto nos casos de miopia quanto de hipermetropia, há erros de refração da luz e da focalização da imagem, que podem ter sido ocasionados pela má formação ou por alterações na córnea e no cristalino.
3. Estrabismo
Outro problema que prejudica a visão na infância é o estrabismo, um distúrbio visual ocasionado pela alteração neuromuscular que garante o movimento correto dos olhos. Neste caso, cada olho aponta para uma direção diferente. Além disso, a evolução da doença ocorre em várias fases da vida da criança.
A esotropia precoce é o estrabismo convergente, que ocorre antes mesmo dos seis meses do bebê. Já nos casos de esotropia acomodativa, o estrabismo convergente é associado a graus de hipermetropia e, geralmente, surge por volta dos dois anos de idade.
4. Astigmatismo
Nos casos de astigmatismo, a criança tem uma visão borrada tanto ao enxergar de perto quanto de longe e a córnea apresenta um formato irregular e oval. Os pequenos, quando têm astigmatismo, são mais sensíveis à luz e tendem a franzir a testa, ter vertigens e dores de cabeça em ambientes muito claros.
Este é um problema que pode ser facilmente detectado pelo médico ainda na primeira infância e sua correção é possível com o uso de óculos de grau e acompanhamento constante.
5. Ambliopia
Menos conhecida em relação às outras doenças, a ambliopia é também chamada de olho vago. Consiste na impossibilidade de desenvolvimento pleno da visão, que pode acometer um ou os dois olhos. O ideal é que se trate esta doença até os sete anos de idade, pois após este período, as chances de reversão são consideravelmente menores.
Há crianças que apresentam problemas de comportamentos que são causados pelas doenças da visão e os pais, muitas vezes, não identificam ou associam estas adversidades a outras alterações não relacionadas aos olhos.
Contudo, é importante ressaltar que algumas doenças de visão na infância poderiam ser detectadas já nas primeiras horas de vida do bebê e é este o melhor momento para reverter situações e prevenir para que não se agravem, causando inclusive a cegueira da criança.
É fundamental, em todas as fases da vida, realizar consultas ao oftalmologista regularmente para manter a saúde dos olhos e diagnosticar enfermidades na visão. Aproveite e confira a importância de fazer exames de vista com frequência.