Uma doença ocular pouco conhecida da população e que, geralmente, é confundida com a conjuntivite, é a uveíte. Pelo aspecto avermelhado do olho inflamado, é feita essa associação. Porém, somente um oftalmologista poderá diagnosticar a doença com segurança e fazer o tratamento adequado.
Em crianças, por exemplo, a uveíte se apresenta como uma enfermidade crônica, dificultando a identificação dos sintomas, tornando a consulta ao especialista essencial para identificação da enfermidade. Porém, com este artigo, você terá uma noção de como diferenciar essas doenças e vai entender como ocorre a uveíte. Continue a leitura!
O que é a uveíte?
É uma inflamação da úvea, ou trato uveal, que é a parte do olho formada pela íris, pela membrana coroide e pelo corpo ciliar. A doença pode comprometer totalmente a úvea ou somente uma parte dela, e também ocorrer em um só olho ou nos dois ao mesmo tempo.
Há casos em que a enfermidade atinge também a retina e o nervo óptico. Além disso, apesar de ser facilmente tratada, quando seu diagnóstico não é feito desde o início, a doença pode afetar a visão do paciente para sempre.
Quais são os sintomas?
Os indícios variam em cada estágio da anomalia e em qual segmento ocular ela surge, que pode classificá-la como uveíte anterior, intermediária ou posterior. Contudo, os sinais mais comuns são dor, vermelhidão nos olhos, sensibilidade à luz ou fotofobia, visão embaçada e pontos escuros que se movimentam.
O que causa a uveíte?
Segundo a Sociedade Brasileira de Uveítes (SBU), a toxoplasmose — infecção causada por um parasita que vive no intestino de gatos e que pode contaminar água e alimentos — é uma das principais causas de uveíte no Brasil.
Porém, em muitas ocorrências da doença, suas causas não são detectadas, podendo ser as mais diversas como infecção por bactérias (tuberculose, sífilis) e vírus (herpes simples), quadros reumatológicos, leucemias e até por traumas oculares.
Como é feito o diagnóstico?
Como a uveíte é comumente confundida com uma conjuntivite, mas sem a constante secreção causada por essa enfermidade. É fundamental que o oftalmologista faça um diagnóstico diferencial, principalmente pela capacidade de detectar doenças sistêmicas e reumatológicas que podem estar por trás dessa inflamação.
A doença pode se tornar crônica, indo e vindo no paciente, em ambos os sexos, e pode surgir em qualquer idade, desde bebês até idosos. Contudo, a enfermidade ocorre com maior frequência em adultos jovens com casos de toxoplasmose.
Como posso me prevenir da uveíte?
A prevenção pode ser feita, principalmente, com a correta higienização dos alimentos e com a consulta ao oftalmologista aos primeiros sinais dos que indicamos acima. Além disso, com o auxílio do exame de fundo de olho, o médico será capaz de detectar a doença, ou descartá-la, e partir para o diagnóstico de outras possíveis enfermidades.
Outra dica é não utilizar as lentes de contato em casos de suspeita de alguma doença ocular, porque elas acumulam bactérias e podem agravar o quadro. Também não faça automedicação e nem negligencie os exames que o médico solicitar, acreditando que pode ser algo passageiro.
Somente o médico será capaz de indicar o tratamento adequado e prescrever antibióticos, antifúngicos ou ainda corticoides. A detecção precoce da uveíte é fundamental para não comprometer parcial ou totalmente a saúde da sua visão.
Ficou interessada em saber mais sobre a uveíte ou está desconfiada da doença em alguém da sua família? Entre em contato conosco e converse com um oftalmologista da nossa equipe!