Você sabia que alterações na tireoide podem influenciar diretamente a saúde ocular? A tireoide é uma glândula que exerce função primordial para o nosso corpo: regular o ritmo e o funcionamento de vários sistemas por meio da produção de hormônios.
O mau funcionamento dessa glândula, seja em excesso (hipertireoidismo) ou em déficit (hipotireoidismo), ocasiona diversas condições de saúde que vão desde alterações do sono até problemas oftalmológicos.
A seguir, confira mais sobre a relação entre alterações na tireoide e visão e os principais sinais desse problema!
Como a tireoide pode desenvolver alguns problemas de visão?
Cansaço frequente, redução da concentração e da libido são alguns dos sinais mais conhecidos que indicam problemas na tireoide. Além desses sintomas, a condição também pode prejudicar a visão.
Essa alteração da função da tireoide, sobretudo do hipertireoidismo, é o principal motivo da Orbitopatia Distireoidiana, também conhecida como Doença Ocular da Tireoide (DOT). A condição clínica causa inflamações nos tecidos e ocasiona o aumento da quantidade de gordura situada atrás dos olhos do paciente.
O que é a Orbitopatia Distireoidiana?
Trata-se de uma doença autoimune, em que os anticorpos atacam os tecidos do próprio organismo e causam inflamação na glândula tireoide e, consequentemente, na produção de hormônios.
Além disso, ela afeta os anexos dos olhos, resultando em uma reação inflamatória periocular com modificações desfigurantes nas pálpebras e nos olhos.
Em razão disso, o paciente pode apresentar dores oculares, desconforto na parte posterior dos olhos, sensação de olho seco, ardor, retração da pálpebra, vermelhidão e proptose (olhos saltados para fora).
E como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico das alterações oculares é principalmente clínico, mas alguns exames são realizados, como o estudo do campo visual, o teste para olho seco, o exame do fundo do olho, a aferição da pressão ocular, a tomografia computadorizada e o exame de motilidade ocular para avaliar estrabismo.
Esses exames oferecem o suporte para que o oftalmologista faça um diagnóstico preciso e escolha o procedimento terapêutico mais indicado para cada paciente.
Com relação às alterações na glândula, são feitos exames de sangue, nos quais são avaliados os níveis de hormônio da tireoide, a presença de anticorpos específicos do Graves, bem como exames de imagem, como ultrassonografia, para identificar o aumento do tamanho da glândula.
Qual o tratamento ideal?
O tratamento da doença é feito em conjunto com um oftalmologista e um endocrinologista. Para controle, são utilizadas medicações na fase inflamatória, iodo radioativo e, até mesmo, a descompressão de órbita e a completa remoção da glândula, em casos mais severos.
Isso porque, em alguns casos, ocorre compressão do nervo óptico com risco de afetar a visão. Por isso, quando não há melhora das alterações oculares, o ideal é realizar a cirurgia, mesmo após a cura do processo inflamatório.
Vale lembrar que o melhor tratamento para Orbitopatia deve ser avaliado adequadamente pelos profissionais responsáveis, especialmente o oftalmologista. Portanto, assim como todas as condições clínicas, o diagnóstico precoce e o cuidado apropriado são essenciais para um melhor manejo das alterações na tireoide e visão.
Gostou do nosso post? Quer ficar por dentro de mais conteúdos como este? Aproveite para assinar a nossa newsletter e conferir as novidades!