Você sabia que é possível identificar doenças como hipertensão, distúrbios renais, diabetes e até alguns tipos de câncer pelo exame de fundo do olho? Inclusive, essa análise ainda pode prevenir que pacientes diabéticos fiquem cegos com a evolução da enfermidade.
Apesar de ser um procedimento de rotina, existente há muitos anos, o exame de fundo de olho ainda é esquecido por muitas pessoas.
Ele verifica a retina central, periférica, vasos sanguíneos e artérias oculares, bem como o disco óptico e a mácula, que é a região responsável pela visão central do olho. O procedimento recebe esse nome por verificar exatamente a saúde pelo fundo do olho do paciente.
Se você ainda não está familiarizado com esse tipo de teste ocular, continue a leitura e entenda como ele funciona!
O que é o exame de fundo de olho?
Também conhecido como fundoscopia ou oftalmoscopia, ele tem como objetivo fazer a análise do estado dos vasos sanguíneos do olho. É um exame bastante prático, porque ele não é invasivo e, por isso, também é bastante cômodo ao paciente.
Vale ressaltar que, além da avaliação no local, o exame também proporciona a verificação de diferentes aspectos da saúde da pessoa. Entre eles está a possibilidade de verificar se há o desenvolvimento de patologias como a pressão alta e a diabetes.
Agora, você pode se perguntar: qual o objetivo desse exame? Ele tem a intenção de verificar as veias e as artérias da retina pelos meios transparentes do olho. Eles fazem referência ao cristalino, humor vítreo e humor aquoso. Destacaremos sobre as funções dessas partes abaixo.
Cristalino
Também conhecido como a lente natural dos olhos, apresenta entre 8 e 10mm de diâmetro. Vale destacar que ele apresenta colorações diferenciadas conforme a faixa etária dos indivíduos. Nos adultos, apresenta uma aparência amarelada e nas crianças é incolor e de consistência mais branda.
Humor vítreo
Faz referência a um líquido que apresenta consistência gelatinosa. Ele é formado por células, fibras e uma estrutura semilíquida. É responsável por manter o olho sob a forma esférica e fica localizada entre o cristalino e a retina.
Humor aquoso
Ele é um líquido que não apresenta cor e tem consistência aquosa. Basicamente, é formado por água e sais dissolvidos, e a sua função é fazer a nutrição do cristalino e da córnea. O humor aquoso também ajuda a manter a pressão interna do olho.
Quem deve fazer o exame de fundo de olho?
Realmente é um exame importante e, por conta dos motivos mencionados, deve ser feito regularmente por pessoas de diferentes faixas etárias. A fundoscopia faz parte da oftalmologia e é um meio rápido e prático de verificar a situação clínica de diferentes órgãos do olho.
Além disso, ela fornece informações sobre o desenvolvimento de algumas patologias e pode ser feito por pessoas de diferentes idades. Esse procedimento pode revelar a presença de doenças locais, sistêmicas ou mesmo de tumores.
Nos adultos, o exame é fundamental para o diagnóstico de doenças locais e para a detecção precoce de enfermidades sistêmicas (diabetes, problemas neurológicos, pressão alta, entre outras).
Nos idosos, por sua vez, o exame pode detectar o surgimento de drusas (depósitos de cristais brancos ou amarelados) na retina que podem levar à cegueira e degenerações maculares características da idade.
Quais doenças podem ser diagnosticadas?
O exame de fundo de olho é fundamental e essa prática ajuda no diagnóstico de diversas doenças. Essa questão é muito importante, porque, com o diagnóstico precoce da doença, fica mais fácil pensar em alternativas que visem tratá-la da maneira mais rápida e eficiente possível.
Entre as principais doenças que podem ser diagnosticadas antecipadamente por meio do exame de fundo de olho, estão:
· glaucoma;
· doenças oculares ou sistêmicas dos recém-nascidos;
· diabetes;
· degeneração macular relacionada ao envelhecimento;
· hipertensão arterial;
· hipertensão e hemorragia intracranianas.
Como o exame de fundo de olho é feito?
Também conhecido como mapeamento de retina ou fundoscopia, o exame de fundo de olho reflete a saúde do paciente por meio da observação dessa área ocular, que permite uma visualização bastante detalhada do nervo óptico.
Sendo assim, muitas doenças, mesmo as que não têm relação direta com os olhos, ainda não sinalizadas pelo paciente podem ser diagnosticadas por meio desse exame simples, rápido e indolor.
Para iniciar o procedimento, é feita a dilatação da pupila com um colírio específico. Isso acontece porque a pupila deve estar em tamanho maior do que o normal, a fim de garantir que o oftalmologista consiga ter uma visualização melhor do local. Como ela se contrai na presença da luz, o colírio permite que ela permaneça dilatada durante todo o exame.
Após 20 minutos, a pupila já estará dilatada o suficiente, e o médico poderá fazer uma das duas formas do exame: a direta, que é quando se tem uma visão abrangente e focada no nervo óptico, ou a indireta, que proporciona uma visualização mais ampla da retina, inclusive do campo periférico.
A partir daí, o especialista coloca uma luz sobre o olho do paciente, observando-o com uma lente. Após investigado o fundo do olho, o paciente aguarda o efeito do colírio passar, pois pode haver desconforto visual para a realização de atividades básicas pelos minutos seguintes.
Em quais casos devo fazer esse exame e em qual frequência?
Trata-se de um procedimento que deve ser feito anualmente por pacientes saudáveis, durante os exames de rotina. Especialistas ainda alertam para a necessidade da realização já quando o bebê nasce, devido à alta capacidade de detecção de doenças.
Contudo, em pacientes diabéticos ou com enfermidades específicas, esse período pode ser menor — dependendo da recomendação médica.
Qual especialista deve realizar o procedimento?
É importante que o teste seja realizado com um oftalmologista de confiança. Ele é o profissional responsável pela realização de exames primários e mais aprofundados da saúde ocular.
Assim, o exame é capaz de diagnosticar alterações visuais patológicas, como o glaucoma e a catarata, por exemplo. Vale reforçar que os cuidados com os olhos devem ser tomados periodicamente, assim como acontece com o restante do corpo.
No entanto, muitas pessoas negligenciam esse dever e não vão ao oftalmologista todo ano. Inclusive, o exame de fundo de olho é desconhecido por muitos até hoje. Além de procurar o especialista, é fundamental ser atendido por clínicas especializadas e tradicionais no mercado, afinal, a sua saúde merece o melhor.
O exame de fundo de olho é fundamental, pois ajuda na detecção antecipada de diferentes doenças. Dessa forma, torna-se mais fácil o tratamento. Considerando as questões mencionadas neste artigo, vale muito a pena fazer regularmente o exame para que seja possível um bom diagnóstico.
Está com alguma dúvida sobre como funciona o exame de fundo de olho? Entre já em contato com a gente! Será um grande prazer esclarecer os seus questionamentos em relação ao tema.