Quando o assunto é manter a saúde em dia, muitas pessoas ignoram os cuidados com os olhos e a importância de se fazer consultas preventivas para evitar problemas oftalmológicos mais sérios. É o caso, por exemplo, da oclusão da artéria central da retina, doença grave que pode levar à perda de visão súbita unilateral.
Por ser indolor, a maioria das pessoas chega ao consultório no estado agudo da doença, quando há queixa de baixa visão severa em poucos minutos. Convém ressaltar que essa complicação está associada a doenças cardiovasculares e demais alterações sistêmicas e, portanto, os exames de rotina são indispensáveis para sua prevenção precoce.
Para entender melhor sobre os efeitos da doença na sua saúde, separamos as principais causas e os sintomas que podem alertá-lo sobre a necessidade de consultar um oftalmologista. Confira!
O que é a oclusão da artéria central da retina?
Trata-se da interrupção abrupta do fluxo sanguíneo para o olho, causada pela presença de êmbolos gordurosos, aumento da pressão ou após um trauma na região ocular. Por ser a estrutura onde se localizam as células fotorreceptoras, a retina é também responsável por enviar o estímulo visual ao cérebro. Assim, um quadro de isquemia na região pode causar a perda visual unilateral.
No momento em que perceber o sintoma, o paciente deve ser encaminhado ao oftalmologista para dar início imediato ao tratamento. Idosos, pessoas com colesterol alto e pacientes diabéticos são os mais afetados pela doença. Em relação ao gênero, a incidência costuma ser maior entre os homens.
Quais são os principais sintomas e como identificá-los?
Conforme já mencionamos, o principal sintoma da oclusão da artéria central da retina é a perda de visão de um olho de forma instantânea. Porém, episódios de baixa visão podem acontecer eventualmente, sinalizando possíveis disfunções no organismo.
Um dos fatores que dificultam o diagnóstico precoce é a dificuldade em se notar anormalidades externas na região ocular. Ou seja, nesses casos, o olho não apresenta vermelhidão, secreção ou ardência, somente no exame de fundo de olho é possível observar um embranquecimento da retina, característico da doença.
Quais são as principais causas?
A oclusão da artéria central da retina costuma ser secundária a complicações como embolia e trombose, portanto, está vinculada às alterações sistêmicas, isto é, aquelas que afetam uma séria de órgãos e tecidos. Entre elas, as mais comuns são a diabetes e as doenças cardiovasculares, como:
· mixoma atrial — tumores cardíacos localizados no átrio esquerdo;
· endocardite — inflamação na parede interna do coração e nas válvulas cardíacas;
· placas ateroscleróticas — acúmulo de gordura nas paredes internas das artérias.
Além das causas, existem fatores de risco para a oclusão da artéria central da retina, entre eles:
· hipertensão arterial sistêmica;
· doenças hematológicas;
· doenças reumáticas;
· obesidade;
· fumo.
Entre pessoas com idade mais avançada, a oclusão pode ocorrer devido à inflamação dos vasos sanguíneos da cabeça, problema conhecido como arterite temporal.
Como funciona o tratamento?
Antes de mais nada, é preciso ressaltar que, muitas vezes, o quadro de perda de visão central é irreversível. Dessa forma, o tratamento ajuda a controlar a doença e, em alguns casos, recuperar parcialmente a visão no olho afetado.
Entre as principais medidas estão a diminuição da pressão intraocular por meio de colírios hipotensores ou a paracentese da câmara anterior.
Quando a oclusão ocorre em consequência de inflamações vasculares, ou artrite temporal, o tratamento pode ser feito com o uso de corticoides sistêmicos. A massagem digital intermitente sobre a pálpebra fechada ajuda a deslocar os êmbolos e reduzir a área de isquemia da retina.
Como vimos, a saúde ocular deve ser uma prioridade entre as pessoas que buscam por maior qualidade de vida. Afinal, a perda da visão de um olho, seja ela parcial ou completa, pode ser um susto e estar associada a complicações ainda mais sérias para a sua saúde. Para evitar a oclusão da artéria central da retina, não deixe de fazer seus exames de rotina, observar os sintomas e procurar ajuda de um oftalmologista.
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