Se contarmos que existe uma comunicação interna entre os olhos e o nariz, você acredita? Pois bem, é verdade! O nome dessa comunicação é canal lacrimal e, como o nome sugere, permite a passagem da lágrima.
Mas, afinal, por que a lágrima tem que passar por ele? Ela não sai pelos olhos? Na verdade, o canal lacrimal auxilia na drenagem delas. Se você ainda não está acreditando, é só pensar que quando choramos, também sai um pouquinho de líquido pelo nariz.
Porém, existem algumas condições que podem resultar na cirurgia do canal lacrimal. Você consegue pensar em alguma? Continue a leitura para descobrir mais!
Entenda o que é o canal lacrimal
Como estávamos dizendo, o canal lacrimal conecta os olhos ao nariz, sendo fundamental para a drenagem das lágrimas
Esse fluido é produzido nas glândulas lacrimais, que se localizam abaixo na pálpebra, bem no cantinho superior e lateral dela. Com isso, após serem produzidas, elas fluem naturalmente para a superfície do globo ocular.
Depois daí, ocorre o escoamento delas para o canal lacrimal. Então, elas vão para o cantinho medial dos olhos, onde encontram duas pequenas aberturas que as levam para o saco lacrimal. Só depois daí que elas atingem o canal.
Acabou aí? Não! Ao chegar no nariz, elas também podem alcançar a garganta. Sabe quando damos pequenas fungadinhas? Estamos ajudando neste trajeto até serem deglutidas.
Veja o que pode requerer cirurgia
Como vimos acima, existe um trajeto muito bem estabelecido desde a produção até o escoamento das lágrimas. Mas o que acontece se houver algum problema no percurso? Confira abaixo o que pode acometer o canal lacrimal!
Dacriostenose
Difícil o nome? Mas é simples de entender. A dacriostenose é a obstrução total ou parcial do canal em questão. Essa condição pode ser congênita ou adquirida. Na maioria dos casos, o bebê nasce com ela.
Porém, quando é adquirida, está associada com pancadas no nariz e no rosto. Uma vez que o canal esteja obstruído, a passagem da lágrima será impedida ou dificultada. E como isso repercute para o paciente?
Primeiro, os olhos ficam lacrimejando, afinal, não há escoamento. Além disso, pode haver um aumento de volume no canto interno do olho, o que mostra o acúmulo no saco lacrimal. Por fim, a visão pode ficar embaçada.
Dacriocistite
Geralmente, a dacriocistite é uma consequência da dacriostenose. Lembra que as lágrimas ficam acumuladas, sem seguir o trajeto habitual? Essa coagulação pode favorecer a proliferação de bactérias no saco lacrimal.
Dessa forma, ocorre um processo inflamatório e infeccioso das vias lacrimais. Idealmente, o tratamento é feito por meio do uso de antibióticos, mas será que só isso é suficiente?
Na verdade, não. É por isso que o paciente pode necessitar de cirurgia no canal lacrimal. Se ele permanecer obstruído permanentemente, os quadros de infecção podem se tornar repetitivos, o que seria prejudicial para o paciente. Em crianças pequenas, a massagem na região pode auxiliar para desobstruir o canal e viabilizar a passagem das lágrimas. Porém, tudo isso deve ser devidamente analisado por um profissional especializado, sobretudo o oftalmologista.
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