A nossa pele é composta por uma série de estruturas que garantem uma barreira física e química para o organismo. Entre elas, podemos citar as glândulas produtoras de sebo. Mas o que isso tudo tem a ver com a cirurgia de calázio?
Na verdade, o calázio é justamente a inflamação de glândulas sebáceas — ou de Meibômio. Porém, trata-se daquelas presentes nas pálpebras, seja na superior, seja na inferior. Por isso, é preciso ter bastante cuidado no tratamento da condição.
Vale ressaltar, desde já, que não é uma doença contagiosa e que, geralmente, evolui muito bem. Contudo, não podemos abrir margem para o descuido e, quando necessário, é necessário realizar a cirurgia.
Entenda como a doença se manifesta
Como dito, o calázio é a inflamação de glândulas sebáceas localizadas nas pálpebras. Uma vez inflamadas, a produção de secreção fica além do normal, a ponto de encontrar dificuldades para sair e entupir a glândula.
Dessa forma, a principal manifestação é um caroço na pálpebra, que se mantém inchado e avermelhado ao redor. Com o passar do tempo, existe o risco de aumentar de tamanho e gerar desconforto para que a pessoa consiga abrir os olhos.
Veja como é feito o diagnóstico
Diante de um quadro bem simples e característico, pode-se dizer que o diagnóstico de calázio é clínico. Assim, é fundamental consultar-se com um bom oftalmologista, capaz de identificar o problema e logo instituir o melhor tratamento.
Vimos que a condição pode evoluir e gerar um aumento progressivo da região entupida. Além da dificuldade para abertura dos olhos, também pode alterar a curvatura da córnea e gerar erros de refração, como o astigmatismo.
Conheça a cirurgia de calázio
No geral, o calázio evolui bem e espontaneamente. Pode ser necessário colocar uma compressa quente que vai facilitar a drenagem da secreção. Porém, caso não seque espontaneamente, a cirurgia de calázio figura como uma boa opção.
Ela representa um procedimento rápido, que dura de 20 a 30 minutos e requer apenas anestesia local. Não se preocupe! Geralmente, é feita uma sedação no paciente. Já a incisão é realizada na região interna da pálpebra, justamente para esconder a cicatriz.
Logo em seguida, o paciente permanece em observação por 2 horas e em até 6 horas já é possível retirar o curativo.
Saiba quais os cuidados pós-operatórios
E depois dessas 6 horas? Está tudo liberado? Na verdade, ainda não! É preciso passar 2 dias em repouso absoluto. Além disso, esqueça a compressa quente e opte por colocar as frias. Em relação aos medicamentos, fica a critério e orientação de cada profissional.
Uma vez realizado o repouso absoluto, estão liberadas, na primeira semana, apenas atividades mais leves. Complementando, tome muito cuidado com o que pode atingir a área afetada! Em outras palavras, evite lentes, maquiagem e produtos perto da região — shampoo, cremes, protetor solar.
De toda forma, podemos concluir que a cirurgia de calázio é uma alternativa para aquelas condições em que o tratamento clínico não surtiu resultado. Vale reforçar que não representa a maioria das situações. Porém, felizmente, existe solução para elas. Não se esqueça de procurar um bom profissional para fazer o diagnóstico e, claro, para conduzir seu tratamento. E o mais importante de tudo: respeite as orientações pós-operatórias e evite problemas!
Agora, que tal agendar seu horário com um médico bem capacitado?