O que é retinografia fluorescente e quando deve ser realizada?

A visão é constituída por alguns elementos que atuam de forma conjunta para que o indivíduo enxergue corretamente. Um dos principais é a retina, um fino revestimento localizado na parte posterior do olho, próximo ao nervo óptico, que é responsável por transformar estímulos neurais, a fim de que o cérebro interprete as imagens.

Por causa da sua função crucial, é preciso estar sempre atento à saúde da retina, já que qualquer alteração em sua estrutura pode afetar a visão do paciente. Nesse caso, a retinografia fluorescente é um exame indispensável, capaz de identificar problemas relacionados ao fundo olho, auxiliando os profissionais no diagnóstico adequado e no tratamento para cada doença.

Para que você conheça o que é esse exame oftalmológico, quando ele deve ser realizado e como ocorre o procedimento na prática, elaboramos este artigo com as principais informações. Acompanhe a leitura!

O que é retinografia fluorescente e para que ela serve?

De maneira simples, trata-se de uma técnica que permite observar e registrar fotografias da retina, do nervo óptico e do fundo do olho, para que seja feito um diagnóstico mais preciso em relação a possíveis lesões na região.

O exame tem por objetivo realizar o mapeamento dos olhos e, com isso, verificar as condições dos vasos sanguíneos da retina e da coróide, assim como detectar lesões, problemas e doenças oculares que afetam o fundo dos olhos.

Para isso, o médico injeta corante fluorescente (fluoresceína de sódio) ou contraste na corrente sanguínea. Isso permite que a parte de trás do olho seja fotografada. Assim, a análise e interpretação do exame é realizada em todas as fases circulatórias, evidenciando o problema existente e esclarecendo o tipo de tratamento ideal para a situação.

Como ele funciona na prática?

Para realizar o procedimento, é preciso aplicar colírios específicos para dilatar a pupila e injetar fluoresceína sódica na veia do paciente. Em seguida, o contraste segue o sistema venoso até a circulação arterial, chegando ao globo ocular.

Quando estimulada, a fluoresceína emite luz em tons amarelos e verdes. Com o auxílio de uma câmera especial, o médico fotografa a retina do paciente, possibilitando a avaliação detalhada dos vasos sanguíneos da região específica, a avaliação do epitélio pigmentar e a integridade da retina. Vale lembrar que o exame é simples, indolor e dura apenas alguns minutos.

Quando a retinografia fluorescente é necessária?

Em geral, o oftalmologista solicita o exame para confirmar um diagnóstico, prescrever o tratamento apropriado ou monitorar a situação dos vasos sanguíneos localizados na parte de trás do olho.

Isso porque a retinografia fluorescente permite visualizar a região de forma mais detalhada, sendo mais eficiente do que outros exames, como a fundoscopia. Além disso, é possível detectar alterações suspeitas e acompanhar doenças oculares, como:

• traumas;
• edema macular;
• glaucoma;
• retinopatia diabética;
• degeneração macular;
• distrofias retinianas;
• oclusões venosas (tromboses) e arteriais;
• tumores intraoculares.

Portanto, quando há suspeita de que o paciente apresenta uma das doenças citadas, é provável que o médico solicite esse exame.

Quais são os cuidados a serem tomados ao realizar o exame?

É importante que o paciente esteja acompanhado no local do exame, pois as pupilas ficam dilatadas por até 12 horas após o procedimento.

Além disso, é necessário informar ao médico antecipadamente sobre qualquer tipo de medicação que esteja utilizando e se apresenta alguma alergia ao iodo ou a frutos do mar.

É válido lembrar que o contraste pode trazer alguns efeitos colaterais em alguns pacientes, que incluem náuseas, vômitos e coceira. Porém, complicações mais graves são bastante raras. Fora isso, a retinografia é um exame simples e rápido e supereficiente no diagnóstico e no tratamento de problemas oculares.

Como você pôde perceber, mesmo sendo pouco comum, a retinografia fluorescente é um exame extremamente importante para a saúde ocular. Lembre-se que, para um resultado eficaz, o ideal é contar com clínicas especializadas, que tenham bons equipamentos e médicos capacitados para a realização do exame.

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