Você ouviu falar em heterocromia ocular? Pode até ser que não, mas, certamente, já se deparou com pessoas que apresentam alterações na cor dos olhos ou duas cores. De acordo com estudos, aproximadamente seis a cada mil pessoas apresentam heterocromia, mas alguns casos não são perceptíveis.
Trata-se de uma condição visual em que a pessoa apresenta olhos com pigmentações diferentes. Embora não cause prejuízos ao paciente, por ser uma anomalia benigna, surgem diversas dúvidas em relação às causas e seu tratamento, sobretudo porque os olhos são partes muito sensíveis do nosso corpo.
Neste artigo, explicaremos o que é heterocromia ocular e quais as suas principais causas, além de mostrar quais os tipos, se existe algum risco e os tratamentos mais indicados. Continue a leitura e confira!
O que é heterocromia ocular e quais os tipos?
Como mencionamos, a heterocromia ocular é uma anomalia em que os olhos apresentam cores diferentes. Ela costuma ser diagnosticada após os 2 anos de idade, quando a íris adota seu tom definitivo e, na maioria dos casos, é ocasionada por uma alteração genética.
A heterocromia se manifesta de três formas diferentes. Vejamos, a seguir.
Setorial ou parcial
Esse tipo de heterocromia é mais comum em um dos olhos, e ocorre quando a íris apresenta duas cores distintas, com uma dominante e o toque de uma segunda cor. Geralmente, a mesma íris tem duas cores, que parece uma mancha no interior da cor dominante.
Central
Mais conhecida como olho de gato, a íris apresenta dois ou mais círculos coloridos ao redor da pupila. Também é comum em apenas um dos olhos, quando a pessoa tem olhos azuis, porém apresenta picos de cor castanho e amarelo refletindo da pupila em direção ao meio da íris, por exemplo.
Completa
Considerado o tipo mais raro da doença, a heterocromia completa acontece quando os dois olhos apresentam cores totalmente diferentes, como um olho verde e um castanho. Em geral, é a categoria que mais chama a atenção, por causar certa estranheza.
É importante destacar que, algumas vezes, os pacientes têm a combinação de dois ou três desses tipos de heterocromia. Nelas, os pigmentos que predominam na íris são castanho, azul e amarelo que, conforme a intensidade, determinam a cor final do olho.
Quais as causas da heterocromia ocular?
Como mencionamos, as causas da heterocromia ocular são majoritariamente genéticas. Ou seja, muitas vezes, é uma característica de nascença do paciente provocada por falta ou excesso de melanina — um pigmento responsável pela coloração da pele, dos olhos e dos cabelos.
Na maioria dos casos, a coloração incomum é praticamente imperceptível e não está associada a nenhuma outra anormalidade. No entanto, a heterocromia também pode ser adquirida por doenças e síndromes pouco conhecidas, por exemplo, a Síndrome de Waardenburg, Síndrome de Horner e doença de Bourneville.
Quais os sintomas e possíveis riscos da doença?
A anomalia é benigna e não provoca nenhum tipo de transtorno ocular ou perda de visão. Por isso, o único sintoma conhecido é a diferença na coloração dos olhos.
É comum o relato de uma maior sensibilidade à luz por pacientes que têm olhos mais claros ou a pupila mais dilatada, o que é normal, não sendo exclusivo de quem tem heterocromia.
Como dissemos, a característica não oferece riscos à saúde. No entanto, em situações raras, pode se desenvolver juntamente a outras doenças genéticas ou sinalizar outras condições médicas.
Qual o tratamento mais indicado?
Por se tratar de uma doença, de certa forma, estética, sem danos para a saúde, a alteração benigna não requer um tratamento específico. No caso de incômodos com a diferença de coloração ou prejuízo psicológico ocasionados pela condição, é possível contorná-la com a utilização de lentes de contato coloridas.
Se for o seu caso, lembre-se de procurar um bom profissional para entender qual é a mais recomendada para você, bem como para obter o diagnóstico e tratamento adequados à heterocromia ocular.
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