Grosso modo, nosso sistema visual pode ser resumido em 2 etapas: a captação dos raios luminosos e o processamento da imagem. O nervo óptico é o grande responsável por levar a informação para o cérebro. E o que acontece nos casos de neurite óptica?
Bem, como é uma condição que afeta a função do nervo, a captação e o processamento da imagem podem ser acometidos. Por isso, é muito importante estar atento aos sintomas para diagnosticar a doença.
O grande detalhe é que nem sempre a neurite vai estar associada apenas a um problema do trato visual. Por vezes, pode ser uma das primeiras manifestações de doenças degenerativas. Continue a leitura!
Entenda o que é a neurite óptica
Basicamente, a neurite óptica é a inflamação do nervo óptico. Esse nervo é envolto pela chamada bainha de mielina. Ela contribui para que os estímulos sejam enviados de maneira efetiva para o cérebro.
Diversas condições podem prejudicar a saúde do nervo e da bainha. Na maioria das vezes, a neurite é idiopática, ou seja, não há uma doença que seja a causa base. Porém, pode ser provocada por outros fatores, como:
- infecções;
- tumores;
- intoxicação por metais pesados;
- esclerose múltipla.
Nisso, vale chamar a atenção para o último citado. De fato, a neurite pode ser provocada pela desmielinização, ou seja, um problema na bainha de mielina. Isso sugere a instauração de uma doença degenerativa, como a esclerose múltipla.
Saiba quais os sintomas da doença
Considerando o papel do nervo óptico para formação das imagens, os sintomas visuais são os mais importantes. Eles podem iniciar de maneira aguda, ou seja, repentina. Porém, podem surgir de maneira insidiosa, progredindo em cerca de 2 dias.
A faixa etária mais acometida pela condição são as pessoas entre 30 e 50 anos. Vale lembrar que nem sempre é algo bilateral. Assim, pode afetar apenas um olho. O primeiro sintoma é a dor, seja atrás dos olhos parados, seja durante a movimentação ocular.
Além disso, a perda da visão é muito característica da neurite. Mas calma! Tende a ser gradual e temporária. Pode ser, ainda, que se manifeste como a redução da visão em cores ou borramentos no campo visual, como escotomas.
Veja como é feito o diagnóstico
Para diagnosticar a neurite óptica, é essencial consultar com um médico especialista. Ele pode solicitar exames laboratoriais, como marcadores de inflamação e também de infecção. Contudo, é a ressonância magnética que permite o diagnóstico por imagem.
Felizmente, é uma condição que melhora ao longo dos meses. Claro, podem ser utilizados medicamentos em casos mais graves, para contribuir com a recuperação ou, mesmo, para evitar a progressão.
Podemos concluir, enfim, que a neurite óptica pode causar grandes receios nas pessoas, sobretudo por envolver a perda visual. Porém, é fundamental consultar um oftalmologista para realizar o diagnóstico e o tratamento o quanto antes. Lembre que pode ser a primeira manifestação de uma esclerose múltipla. Logo, mesmo após a resolução da neurite, é interessante fazer a investigação de doenças degenerativas.
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