O processo de formação da imagem exige um perfeito funcionamento das estruturas do sistema visual, desde o momento da captação da imagem até o processamento no cérebro. Por esse motivo, a retinose pigmentar é uma condição que pode gerar a perda visual.
Antes de partirmos para a doença em si, vamos relembrar quais as principais estruturas envolvidas em cada etapa. Primeiro, os raios luminosos são direcionados para a retina. O cristalino, por exemplo, é essencial para gerar a refração dos raios.
Já na retina, tais raios são captados por meio dos chamados fotorreceptores — cones e bastonetes. São esses dois tipos celulares os responsáveis por enviar os estímulos para o cérebro. Continue a leitura e saiba mais!
Entenda o que é a retinose pigmentar
Como estávamos dizendo, a retina faz parte de um momento chave da formação da imagem. Os fotorreceptores, representados pelos cones e bastonetes, vão captar o estímulo luminoso e transformar em estímulo elétrico.
Porém, na retinose pigmentar, esse processo está prejudicado e, diante de uma disfunção da retina, a formação da imagem é diretamente acometida. Nisso, você já consegue imaginar quais os possíveis sintomas?
Mas, antes de pensar neles, vamos focar na causa da doença: é um processo genético. Sendo assim, para quem apresenta algum caso na família, há maior risco de desenvolver devido à hereditariedade.
Saiba quais os sintomas característicos
Agora sim, vamos pensar nos sintomas! Como há problemas em captar a luz, a primeira manifestação pode ser a dificuldade para enxergar em ambientes escuros, sobretudo à noite. Assim, a visão tende a ficar turva.
Além disso, o acometimento inicia na visão periférica, ou seja, a pessoa deixa de enxergar de forma ampla no ambiente. Se ela não consegue ver o que está no canto, há uma tendência para tropeços e esbarrões.
Com o avançar da doença, acontece, também, o acometimento da visão central. Nesse caso, é preciso redobrar o cuidado, uma vez que aumenta o risco de uma perda visual total.
Descubra se há tratamento
Diante do surgimento dos sintomas, é fundamental que a pessoa procure ajuda de um especialista. Assim, será possível utilizar alguns exames que contribuem para o diagnóstico, como:
- fundoscopia e mapeamento da retina;
- retinografia;
- tomografia ocular.
Feito o diagnóstico, fica a grande dúvida: existe cura para a doença? Infelizmente, ainda não há cura. Porém, o tratamento é muito importante para evitar a progressão. Ele consiste na proteção contra exposição aos raios UV.
Além disso, podem ser indicados medicamentos e suplementações, como a de vitamina A, justamente para potencializar a função restante.
Vimos, então, que a retinose pigmentar consiste em uma doença que prejudica a retina, a grande responsável por encaminhar o processamento da imagem. Uma vez que há uma dificuldade em transformar os estímulos luminosos em elétricos, a formação da imagem pelo cérebro também é acometida. Considerando que a principal causa é hereditária, a grande esperança do tratamento consiste em terapias genéticas. Portanto, espera-se avanço nas pesquisas e estudos com essa abordagem tão promissora.
Percebeu algum sintoma e quer consultar com um oftalmologista de confiança? Entre em contato com a Olhar Certo e agende seu horário!